domingo, 2 de abril de 2023

História do calendário que usamos hoje em dia

História do calendário que usamos hoje em dia

O calendário que usamos hoje em dia é o calendário gregoriano, que foi introduzido pelo Papa Gregório XIII em 1582, como uma correção do calendário juliano, que tinha sido introduzido por Júlio César em 45 a.C.

O calendário juliano tinha um erro de aproximadamente 11 minutos por ano em relação ao ano solar real, o que acabou acumulando-se ao longo dos séculos e tornando-se cada vez mais significativo. O Papa Gregório XIII resolveu corrigir esse erro introduzindo um novo calendário, que ficou conhecido como calendário gregoriano.

Uma das principais mudanças introduzidas pelo calendário gregoriano foi a adição de um dia extra a cada quatro anos, no que ficou conhecido como ano bissexto. Além disso, para compensar o erro acumulado do calendário juliano, foram eliminados 10 dias do calendário em 1582.

O calendário gregoriano gradualmente se espalhou pelo mundo ao longo dos séculos, mas ainda assim, em alguns países, o calendário juliano é utilizado para fins religiosos ou tradicionais. Por exemplo, a Igreja Ortodoxa ainda segue o calendário juliano para determinar as datas das festas religiosas.

Em geral, o calendário gregoriano é considerado mais preciso do que o calendário juliano, mas ainda assim não é perfeito, já que há uma diferença de alguns segundos por ano em relação ao ano solar real. Porém, essa diferença é tão pequena que levará muitos milhares de anos para acumular um descompasso significativo.

Por que a Igreja Ortodoxa ainda segue o calendário juliano para determinar as datas das festas religiosas?

A Igreja Ortodoxa ainda segue o calendário juliano para determinar as datas das festas religiosas, em parte, porque a adoção do calendário gregoriano ocorreu de maneira desigual em todo o mundo e em diferentes momentos da história.

Embora o Papa Gregório XIII tenha introduzido o calendário gregoriano em 1582, muitos países levaram décadas ou até séculos para adotá-lo. Além disso, a adoção do calendário gregoriano foi muitas vezes vista como um sinal de submissão ao papado, o que gerou resistência em alguns países e religiões.

A Igreja Ortodoxa manteve o calendário juliano para determinar as datas das festas religiosas porque a adoção do calendário gregoriano foi vista como uma violação da tradição e da independência da Igreja Ortodoxa em relação ao papado.

No calendário juliano, a Páscoa é determinada pelo equinócio de primavera, que ocorre em torno de 21 de março. Porém, no calendário gregoriano, a data do equinócio de primavera é ligeiramente diferente, o que significa que a data da Páscoa pode ser diferente entre os dois calendários.

Por essa razão, a data da Páscoa muitas vezes é diferente entre a Igreja Ortodoxa e a Igreja Católica Romana, já que a Igreja Católica Romana segue o calendário gregoriano para determinar a data da Páscoa.

Como surgiu a Igreja Ortodoxa?

A Igreja Ortodoxa é uma das mais antigas e tradicionais denominações cristãs, tendo se originado na região conhecida como Anatólia, que hoje é parte da Turquia, no século I d.C.

A Igreja Ortodoxa teve suas raízes no cristianismo primitivo e se desenvolveu a partir da igreja cristã oriental, que incluía as igrejas de Antioquia, Alexandria, Constantinopla, Jerusalém e outras.

O termo "ortodoxo" significa "correto na doutrina", e foi utilizado para distinguir a Igreja Ortodoxa das outras denominações cristãs que surgiram ao longo da história, como a Igreja Católica Romana e as várias denominações protestantes.

Uma das principais razões que levaram à separação da Igreja Ortodoxa da Igreja Católica Romana foi a questão do papado e da autoridade eclesiástica. A Igreja Ortodoxa não reconheceu a supremacia papal e defendeu a ideia de que todas as igrejas deveriam ser iguais em termos de autoridade e independência.

Outras questões que levaram à separação incluem diferenças nas práticas litúrgicas e nos ensinamentos teológicos, bem como fatores políticos e culturais.

Hoje em dia, a Igreja Ortodoxa é composta por várias igrejas locais e nacionais em todo o mundo, incluindo a Igreja Ortodoxa Grega, a Igreja Ortodoxa Russa, a Igreja Ortodoxa Sérvia e a Igreja Ortodoxa Romena, entre outras. A Igreja Ortodoxa tem uma rica tradição litúrgica e teológica e continua sendo uma das principais denominações cristãs do mundo.

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