sábado, 1 de dezembro de 2018

Entrevista José Moran - Metodologias Ativas



Resumo
Metodologias Ativas
Entrevistador: Roberto Iunskovski
Entrevistado: Professor Moran

Qual a importância do envolvimento dos professores nesse processo de atualização, de renovação daquilo que hoje nós chamamos de Metodologias Ativas. E o papel do professor.

Moran: Metodologia Ativa não é nada novo. Mas hoje é algo que é importante. Que o aluno experimente mais. Não fique tão passivo ouvindo e que ele procura caminhar por sua conta com orientação do professor. É sair um por do modelo em que o aluno espera que o professor lhe dê tudo pronto. Mais empreendedor, mais experimentador. É necessário para acompanhar o mundo de hoje.
È aproveitar todas a tecnologias digitais que estão aí.
O aluno pode pesquisar mais. 
O professor não explicar tudo para o aluno. O professor ser um pouco menos preocupado com o conteúdo.
Reservar o momento presencial em sala de aula como momento de aprofundamento, de ampliação, de debates e de síntese.

Como o Senhor vê então talvez nesse sentido a importância e o papel do planejamento do professor. Que mudança de atitude ele precisa fazer para repensar essa sua ação que envolve outras pessoas na ação do professor não só durante a aula, durante o exercício junto aos estudantes, mas previamente?

Moran: Tem que ser um planejamento aberto e mais flexível. Tem que ser de alguma forma negociado com o aluno. Levar em conta o que o aluno traz, os saberes dele. Ver as competências que ele tem para adequá-lo ao projeto que se vai desenvolver. Não somente aquele profeto elaborado pelo professor, mas negociado com ele.

Há uma mudança não só do professor, mas também dos estudantes e da própria instituição que tem que dar o apoio para que os professores possam agir dessa forma.
E dentro desse processo hoje formativo em cursos superiores.
Qual o principal foco desse processo formativo? No passa era muito focado no conteúdo. Mas na era digital nós temos novas competências e habilidades e que é preciso desenvolver e que nem sempre o conteúdo é o mais importante porque ele está mais à disposição hoje.

Moran: O conteúdo é sempre importante, mas ele muda muito. É importante saber primeiro saber escolher entre tantas possibilidades aquelas que são mais relevantes e como trabalhar isso dentro da sua vida. Como fazer isso algo significativo.
Se o aluno percebe que tudo  que ele tem que aprender tem algo a ver com a vida dele, então qualquer conteúdo é importante. Relacioná-lo com a sua vida. Relacioná-lo com a prática, e seu conhecimento prévio. Está ligado com que. É algo significativo?
E um conteúdo que ele se expressa também na própria vida. Ele se liga a prática, projetos, ao mundo do cotidiano. Por exemplo o jogo, o vídeo, o mundo da narrativo do conteúdo, contar histórias, tomar tudo que é importante para o aluno e começar a construir a partir dali.
Ante a gente falava mais de materiais impressos.
Hoje nós podemos falar de vídeo como meio de comunicação imediata com esse aluno. O conteúdo em vídeo é o elemento chave para comunicação com o aluno tanto para ele assistir como para ele produzir. E a partir do vídeo ir introduzindo os materiais que nós consideramos mais amplos, de reflexão, de produção.
É necessário um diálogo com o vídeo, com a construção de histórias, com o jogo como um elemento dinamizador.
Diversificar essas técnicas para tornar mais atrativa a discussão, análise, a síntese e ao mesmo tempo é um grande desafio.
Você falou de planejamento. É planejar algo que seja previsível, que tenha um tempo limitado, com percursos que são mais flexíveis. O aluno pode fazer atividades antes ou depois do seu colega e ao mesmo tempo que a gente consiga que o aluno aprenda também junto com o colega. A tarefa hoje é do professor. mas também do aluno aprendendo com outro aluno e também ensinando ao seu colega. Aprendendo sozinho, aprendendo junto e aprendendo também em grupo.
Não é fácil isso para o professor. Significa uma aprendizagem. Antes ele se centrava no conteúdo, hoje ele centra em uma aprendizagem mais significativa de cada aluno individualmente e também a partir de projetos de grupo.
É uma outra lógica.

Um dos principais desafios nossos é trabalhar mais com coletivamente com esse diferentes personagens que fazem parte do processo ensino-aprendizagem e não só do professor e aluno.


Moran: Eu falei do professor individualmente e também integrando suas atividades com outros e a instituição planejando dessa forma mais ampla o currículo, baseado também em problemas, em situações, competências e o conteúdo junto. Então na verdade é toda uma grande mistura, grande híbrido de conteúdos, de competências, de técnicas, de inversão do antes e do depois.
No fundo é dizer para o professor: Não tenha medo. Ouse. Experimente. Converse com outro, troque, compartilhe, e permita-se errar neste processo na direção de uma aprendizagem mais significativa. Ninguém está hoje pronto para esse mundo. E aprendendo junto, sendo humilde, se compartilhando, nós vamos avançar muito mais.


terça-feira, 27 de novembro de 2018

Experiências inovadoras na educação | José Pacheco | TEDxUnisinos

Conheça a sala de aula invertida | Conexão

Metodologias Ativas - Peer Instruction - Relato de Experiência

Peer Instruction 
Instrução de Pares
Desenvolvido por Eric Mazur
Período de desenvolvimento: Década de 1990
Local: Universidade de Harvard


A Experiência
Local: Universidade Privada de Santa Catarina

O aluno tradicional 
Escutava, lia, repetia e decorava

O aluno ativo
Passa a ser o centro do processo
Deixa de ser o ator passivo
Se torna responsável pelo seu aprendizado


O professor
Passa a ser um auxiliar
Um mentor
Um orientador

Metodologias
Compostas por várias técnicas. O Peer Instruction é uma delas

Foco
O momento da aprendizagem
Interação entre os estudantes
Solução de problemas
Novas dinâmicas de aprendizagem
Professor e alunos são integrantes do processo
Parcerias e participação coletiva
Superação de desafios
Reflexão e criticidade
Reconhecimento do contexto
Integrar teoria e prática
Autonomia e liberdade


O que motivou esta revolução no ensino, quais as propostas e quais as dificuldades

Motivos:
Movimento escolanovista, no final do século XIX
Velocidade da produção do conhecimento
As Tecnologias
Os meios de comunicação
As modificações no conceito de tempo e espaço

Propostas:
Novo formato na relação ensinar-aprender

Dificuldade na utilização do método
O tempo dispendido na elaboração de estratégias.
Tempo para pesquisa
A quantidade de alunos na sala
A quantidade de turmas do professor

O que se espera com as metodologias ativas
Que o aluno busque o seu próprio processo de aprendizagem
Que ele busque as informações para resolver os problemas do dia-a-dia
Que ele mude o seu modo de pensar e de agir
Que ele aprenda a interagir em espaços diversificas
Que ele saiba contornar conflitos de interesses
Que ele saiba suas potencialidades e do grupo em que atua

O que a técnica Peer Instruction exige:
Compreensão prévias dos conteúdos a sere estudados
Que o aluno explique ao seu par seu entendimento sobre o assunto
Que haja planejamento e adaptação
Dividir o tempo em palestras curtas e conceituais
Questões de múltipla escolha sobre o assunto em discussão

Resultados verificados nos estudos analisados
Melhora drástica no desempenho dos alunos
Auxilia os professores na avaliação dos alunos e adaptar seus ensinos
Facilita o uso do diálogo e da discussão
Motiva a interação e a comunicação
Melhorias nas habilidades do pensamento crítico
Aumento da compreensão em relação aos conteúdos

Ferramentas on line
Socrative
Khoot


REFERÊNCIA
https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/181135/102_00146.pdf?sequence=1 - Relato de Experiência - Acessado em29/11/2018

Metodologias ativas – Lilian Bacich

Entrevista José Moran - Metodologias Ativas

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